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EM OLINDA, ATÉ O NATAL VIRA POLÊMICA: QUANDO SE FAZ, RECLAMAM; QUANDO NÃO SE FAZ, RECLAMAM

Alexandre Santos Alexandre Santos Seguir Publicado em 18/12/2025 · 1 mins de leitura
EM OLINDA, ATÉ O NATAL VIRA POLÊMICA: QUANDO SE FAZ, RECLAMAM; QUANDO NÃO SE FAZ, RECLAMAM
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Em Olinda, cidade histórica, turística e culturalmente ativa, qualquer decisão do poder público costuma virar debate, inclusive quando o assunto é a decoração de Natal. Hoje, críticas surgiram em relação ao valor investido na iluminação natalina, acompanhadas do argumento de que os recursos deveriam ser destinados a outras áreas.

O questionamento é legítimo, mas precisa ser acompanhado de análise técnica. Um estudo comparativo com base na própria planilha oficial do projeto “Natal Olinda 2025” divulgado por alguns blogs mostra que os valores praticados estão, em sua maioria, dentro da média de mercado no Brasil e em Pernambuco, considerando aluguel, montagem, manutenção e desmontagem dos equipamentos.

Itens como mangueiras de LED, refletores, árvores de grande porte, presépios e estruturas metálicas seguem padrões semelhantes aos adotados por outros municípios turísticos. Em alguns casos, os preços estão inclusive no limite inferior das faixas praticadas, afastando a ideia de valores fora da realidade.

O que eleva o custo final não é o preço unitário, mas a amplitude do projeto, que contempla diversas praças, avenidas e pontos turísticos da cidade. Trata-se de uma escolha de política pública voltada à valorização do espaço urbano, ao estímulo do turismo e ao fortalecimento da economia local, especialmente para comerciantes e trabalhadores que dependem do fluxo de visitantes.

A experiência mostra que, quando a cidade não investe em decoração, as críticas também surgem, seja pela sensação de abandono, seja pela queda no movimento econômico. Em Olinda, parece haver um paradoxo: quando se faz, reclamam; quando não se faz, reclamam também. O debate é válido, mas precisa ser feito com responsabilidade e dados, não apenas com indignação.