CAMPO DO ATLÉTICO AMEAÇADO: VEREADOR PROFESSOR MARCELO COBRA EXPLICAÇÕES SOBRE OBRA SIGILOSA EM OURO PRETO

O campo do Atlético, em Ouro Preto, Olinda, está no centro de uma polêmica que tem mobilizado moradores, atletas e lideranças políticas. Uma possível obra para construção de um novo equipamento público — ainda sem transparência sobre seus objetivos — tem gerado revolta e insegurança entre os moradores da região. À frente da mobilização, o vereador Professor Marcelo tem cobrado explicações formais à Prefeitura de Olinda e ao Governo do Estado de Pernambuco.

Em entrevista ao Correio Olindense, o vereador demonstrou preocupação com a falta de diálogo em torno da intervenção, classificada por ele como “sigilosa” e “sem acesso da Câmara nem da população”. Segundo Marcelo, máquinas já estariam fazendo estudos de solo no local, alimentando os boatos de que o campo seria substituído por um espaço do tipo Compaz — projeto voltado para cidadania e cultura, mas que, nesse caso, colocaria fim ao tradicional campo de futebol.

“Meu pai jogava ali, depois meu irmão, depois eu… Aquilo não é só um campo, é um espaço de inclusão social. É onde acontecem torneios, escolinhas de futebol, onde crianças e jovens ocupam seu tempo longe da violência”, afirmou o parlamentar.

Mobilização popular e apelo por audiência pública

A preocupação não é só dele. Moradores do bairro têm gravado vídeos e feito postagens nas redes sociais demonstrando insatisfação e exigindo informações sobre o que será feito no local. O campo do Atlético é considerado um patrimônio comunitário, que serve a gerações de ouro-pretenses como espaço de convivência e cidadania.

Professor Marcelo defende a realização de uma audiência pública para esclarecer os fatos. Ele cobra a participação da população, lideranças locais, professores das escolinhas, usuários do espaço e representantes do Poder Público. “Se é um projeto para o povo, então o povo precisa ser ouvido”, destacou.

Apelo à prefeita Mirella e à governadora Raquel Lyra

O vereador direcionou seu apelo diretamente à prefeita Mirella Almeida e à governadora Raquel Lyra, ambas de seu partido, reforçando o respeito que tem pelas gestoras e pedindo sensibilidade diante do caso. “Sei da preocupação da prefeita e da governadora com a juventude e com as causas sociais. Por isso, faço esse apelo: nos expliquem o que está acontecendo e nos deem a chance de dialogar com o povo”, concluiu.

A comunidade aguarda agora uma resposta oficial da Prefeitura ou do Governo do Estado. Enquanto isso, a mobilização cresce — e a defesa do campo do Atlético se transforma em uma causa coletiva.