Começa nesta quarta-feira, em Roma, o conclave que escolherá o novo papa da Igreja Católica. A expectativa é de que a decisão seja tomada até amanhã, quinta-feira, numa tentativa de transmitir ao mundo uma imagem de unidade e consenso dentro da Igreja. O novo pontífice substituirá o papa Francisco, que morreu no último dia 21 após mais de uma década de pontificado, marcando mais um momento histórico na instituição milenar.
O colégio eleitoral é formado por 133 cardeais com direito a voto. Para ser eleito, o novo papa precisa conquistar ao menos 89 votos, correspondentes a dois terços do total, critério indispensável mesmo em eventuais turnos de desempate.
De acordo com as regras do conclave, caso não haja um escolhido após 34 votações, os dois cardeais mais votados na última rodada disputam um segundo turno. Ainda assim, um deles só poderá ser proclamado papa se alcançar os mesmos 89 votos. O objetivo do processo é garantir um nome que una a Igreja, evitando divisões internas.
Fontes do Vaticano indicam que há uma pressão silenciosa para que a eleição se resolva até amanhã. Um conclave prolongado, acima de dois dias, poderia sinalizar ao mundo uma Igreja dividida e enfraquecida — algo que os cardeais estão empenhados em evitar. A fumaça branca, sinal tradicional da escolha, é esperada para as próximas horas.
Entre os favoritos, estão nomes da América Latina, África e Ásia, o que demonstra a crescente internacionalização da liderança católica. A escolha do sucessor de Francisco também deve apontar para os rumos pastorais e políticos da Igreja: temas como acolhimento de minorias, reforma administrativa do Vaticano e relações com outras religiões estão no radar.
Até o anúncio oficial, o mundo católico observa com expectativa os sinais emitidos da Capela Sistina. Enquanto isso, o legado de Francisco — com sua ênfase na simplicidade, justiça social e aproximação dos fiéis continuará ecoando sobre os cardeais reunidos em oração e deliberação.