olinda, eleições,

ERROS EM PESQUISAS ELEITORAIS PREOCUPAM E LEVANTAM DEBATE SOBRE DESINFORMAÇÃO

Alexandre Santos Alexandre Santos Seguir Publicado em 24/10/2024 · 1 mins de leitura
ERROS EM PESQUISAS ELEITORAIS PREOCUPAM E LEVANTAM DEBATE SOBRE DESINFORMAÇÃO
Compartilhe por

Nos últimos anos, os erros em pesquisas eleitorais têm se tornado frequentes em diversas cidades brasileiras, levantando questionamentos sobre a confiabilidade desses levantamentos e seus impactos no processo democrático. Em algumas localidades, a falta de fiscalização adequada faz com que os institutos de pesquisa operem sem grandes restrições, colocando em dúvida os resultados apresentados ao público.

Casos recentes reforçam essa preocupação. Em uma capital do Centro-Oeste, pesquisas divulgadas dias antes da eleição apontavam o candidato A com até 11 pontos percentuais de vantagem em relação ao candidato B. No entanto, após a contagem dos votos, o candidato C terminou em primeiro lugar com 39,6%, enquanto o candidato B ficou em segundo com 28,3%, e o candidato A, que liderava as pesquisas, terminou em terceiro com 27,7%.

Em uma capital do Nordeste, a discrepância foi ainda mais alarmante. Pesquisas indicavam que o candidato A seria derrotado no primeiro turno. No entanto, nas urnas, ele obteve 52,19% dos votos válidos, vencendo a eleição com folga.

Esses erros constantes configuram um grave problema de desinformação. Resultados distorcidos podem influenciar diretamente o comportamento dos eleitores, especialmente os indecisos, que podem se sentir inclinados a optar pelo “voto útil” com base em previsões equivocadas. Assim, essas pesquisas acabam por ferir o princípio da soberania popular.

Apesar do impacto, a legislação atual não prevê consequências jurídicas para os institutos de pesquisa que cometem erros. A única exigência é o registro prévio dos dados metodológicos junto à Justiça Eleitoral, incluindo informações sobre contratantes e custos da pesquisa.

Diante desse cenário, cresce a pressão por maior fiscalização e transparência nos levantamentos eleitorais, para que os eleitores possam confiar em informações precisas e não sejam induzidos por dados incorretos.