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ESPECIALISTAS AFIRMAM QUE MIRELLA FOI VÍTIMA DE VIOLÊNCIA POLÍTICA EM DEBATE

Alexandre Santos Alexandre Santos Seguir Publicado em 11/09/2024 · 1 min de leitura
ESPECIALISTAS AFIRMAM QUE MIRELLA FOI VÍTIMA DE VIOLÊNCIA POLÍTICA EM DEBATE
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O que deveria ser um debate marcado por ideias, propostas e prestação de contas se transformou em um verdadeiro show de horrores, com ataques pessoais direcionados à candidata Mirella (PSD). O debate, que prometia ser uma oportunidade de discutir o futuro da cidade, acabou sendo cenário de violência política de gênero, segundo especialistas ouvidos pelo blog.

O candidato que ocupa atualmente o cargo de vice-prefeito, e que foi aliado da gestão municipal por seis anos e três meses, foi o responsável pelos ataques mais incisivos. Mesmo ainda se beneficiando do salário e do gabinete, ele lançou acusações sem provas, insinuando que Mirella seria uma “marionete” e “laranja” — um termo utilizado para descrever pessoas que emprestam seu nome para a realização de crimes, especialmente financeiros. Acredita-se que para ele, uma mulher não poderia ser candidata de forma autônoma, pois estaria sendo manipulada por outras figuras políticas.

Os ataques também vieram de Izabel Urquiza, que em diversas ocasiões tentou deslegitimar o discurso de Mirella, sugerindo que suas falas eram “ensaiadas”. Izabel demonstrou desequilíbrio ao ser questionada sobre o atraso salarial de mais de seis meses enfrentado pela prefeitura entre 1997 e 2000, período em que a administração estava nas mãos de sua família. A postura de ambos os candidatos evidenciou, segundo especialistas, a dificuldade de aceitar que uma mulher possa falar com clareza e propriedade sobre os desafios e avanços da cidade.

De acordo com a análise de especialistas, as atitudes de ambos os adversários de Mirella configuram violência política de gênero, uma violação prevista na Lei 14.192/2021, que estabelece normas para prevenir, reprimir e combater esse tipo de prática contra mulheres que participam da política. Para os especialistas, os ataques parecem que foram orquestrados e previamente planejados, pois os adversários pareceram atuar em parceria para desestabilizar a candidata do PSD.

O episódio ressalta a importância de discutir e combater a violência política contra as mulheres, que, mesmo após avanços legislativos, continuam enfrentando desafios para ocupar espaços de liderança política de forma legítima e respeitosa.